segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Relendo Oswald

Exercícios                                  


I)
Amor
           Tremor
II)
Amor
           Horror

III)
Amor
          Suor

domingo, 6 de novembro de 2011

Série: tercetos

I-
Passos pela calçada
Ruídos nas janelas
Início da madrugada tortura minha insônia


II-
Janelas abertas
Gatos miam reclamando
Noite quente de primavera

III-
Passarinhos chiam
No céu que clareia
Insônia me abandona

sábado, 27 de agosto de 2011

tanto tempo longe de você

vontade vem vontade vai
quer tomar forma, informal
devaneios vagas ideias
um ponto um tema um trema
nossa língua ...

tanto tempo sem o papel
tanto momento sem a pena
tanto instante com o teclado
mas a cabeça não...
ah não ! cabeça ia longe pelo mar aberto

chegava à janela do apartamento
nono andar - solidão - o morro.
não era o corcovado
os versos me abandonaram
ai, a solidão vai acabar comigo

alma, volte logo!

Eu voltei pras coisas que deixei...

Não sou tão fã assim do "rei Roberto Carlos", mas que essa canção cabe direitinho ao meu momento, isso cabe.

Fui embora, tudo diferente, não encontrei meu eu. Tentei, procurei, me entreguei, busquei, dei cabeçada. Tudo vale a pena...

Me diziam: _ Vai se acostumar. Percorri caminhos, mas sentia falta dos meus. Então voltei atrás. Afinal, as escolhas foram feitas e podem ser retomadas. Sou feliz por isso.

E aqui estou novamente. Minha casa! Meu lar! Meus queridos.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ciclos ( ou feliz aniversário ...)

Ciclos

A cada dez anos mudo de ciclo, um verdadeiro ciclo de vida e de aprendizagem, assim como as crianças o fazem a cada 4 ou 5 anos na escola. Neste momento, vivo um momento de mudança: de casa, de cidade, de emprego, de função, tudo. E isso renova, embora o novo me traga um certo receio misto com ansiedade e euforia.

. . .

Uma senhora de 52 anos! Ufa, ontem me senti com medo de envelhecer. Mas, sagitariana que sou, passou rápido o medo, quando me lembrei que ainda vou usar aparelhos nos dentes, colocar silicone...

. . .

Me vejo sozinha, andando na areia. Estar com a família ou amigos, é provisório. No final das contas, nascemos sós e somos sós. Por que não?

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O trem da minha cidade

Na minha cidade tem linha de trem. Divisão em duas. Você mora pra cá ou pra lá da linha? Quando meninota, corríamos para atravessar a cancela, sob risco de morrer. E ela se modernizou. É bonita, cheia. O trem leva e traz os trabalhadores, e são de todos os tipos. No trem agora tem música, ar condicionado. Nos horários de pico, claro, é o trem. Mas fora do horário, dá pra apreciar a paisagem. Muito melhor que ficar presa no engarrafamento. É um organismo, vivo, conectado... Ah, e tem os vendedores, foras da lei. Vende-se de tudo: cotonete, chocolate, aliança. Tem os artistas que insistem em se apresentar. Os pedintes praticamente desapareceram de dentro do trem. É, na minha cidade passa o trem.

domingo, 4 de abril de 2010

o segredo dos seus olhos ( poetrix )

Qual é o segredo dos seus olhos?
Vem, me conta, não deixe pra depois
Quais as palavras embutidas nesse brilho?
Sinto o que você sente, e assim o compreendo.

Meu amor, meu amigo ... me diz!