sábado, 13 de dezembro de 2008

Nome de santo


Tem nome de santo a minha rua. Meu bairro e minha cidade também, outros tantos. E o estado também, discípulo.

Mas meu bairro foi tomado por religiosos não católicos, que não gostam que se fale de santos. Então, morar por aqui é quase um pecado, impronunciável.

Nessa rua tem um sobe e desce que deixa as pernas de todos mais fortes. Para ir aqui e ali se sobe e se desce. E tem tudo aqui ao redor da minha rua. E tem todos.

Um menino de dois anos, com olhinhos azuis, esperto. É o Leo, filho da Rosângela e do Cleber. Está falando, e esconde os olhos, que sabe que adoro, com as mãozinhas brancas, só pra fazer um charminho pra mim.

Na esquina de frente à minha casa, tem uns sobrados novos. Tem vizinhos novos, alegres. Tem festa todo sábado, com sambão. É bom que se enriqueçam os ruídos da minha rua.

Na rua de baixo, às quartas, tem uma feira livre. Cheirinho bom de pastel logo cedo vem me acordar. E tem a barraca de frutas, muito boa: olha a laranja... / banana menina, tem vitamina... E a barraca de ovos: dez ovos por uma pataca.

Ouço poesia quando ando pela minha rua...

2 comentários:

Anônimo disse...

Amiga:muito bonito tu blog, tus reflexiones.
Cuando quieras escuchae umas boas baladas de ayer y de sempre te invito a visitar meu blog.
Desde Rosario-Argentina.
Alberto

Luís Alberto disse...

Sonia, vc elogiou o meu blog, mas o seu é sensacional. Poético, doce e gostoso de ler. O texto em que vc fala de sua rua é maravilhoso, fez-me sentir num lugar assim em algum lugar dentro de mim escondido. O texto sobre o Natal, um verdadeiro conto muito bem contado, por sinal.
Muito obrigado pela visita. Retornarei ao seu blog, sempre que desejar ler coisas boas e lindas. Feliz Natal pra vc e sua família.

Luiz