quinta-feira, 29 de outubro de 2009

medo

medo da dor, da cara marcada
medo da casa solitária
do som estranho, da bomba
medo da ironia na tua fala

medo do que mudou
do amor que se foi
da paixão acabada

medo da raça humana tão desgraçada
do destino que se pregou em minhas costas
medo do peso insuportável carregado todo dia

medo da morte
da vida
do dia
da noite
medo de mim

2 comentários:

Aryx disse...

Nossa, que poesia niilista. Muito sincera, coisa que falta em nosso universo literário atualmente. Pq tudo tem que ser cor de rosa? Fuck the rules!!

Aryx disse...

Nossa, que poesia niilista. Muito sincera, coisa que falta em nosso universo literário atualmente. Pq tudo tem que ser cor de rosa? Fuck the rules!!